Na época de 1969/70, o Beira-Mar disputa de novo a Zona Norte da Segunda Divisão, fazendo 30 pontos (11v, 8e, 7d, 42-24, 30), ficando em 5º lugar, atrás do Tirsense, Sanjoanense, Famalicão e Salgueiros. Finalmente, na época de 1970/71, o Beira-Mar vence a Zona Norte, ficando à frente do Marinhense e do União de Leiria (14v, 7e, 5d, 51-35, 35). No apuramento do Campeão, o Beira Mar vence o Atlético por 3-1, que tinha vencido a Zona Sul, sagrando-se pela 3ª vez , Campeão Nacional da 2ª Divisão.
Beira-Mar Campeão Nacional da Segunda Divisão (1970/1971)
Na época de 1971/72, o Beira-Mar disputa pela 4ª vez o Campeonato Nacional da Primeira Divisão. Recorrendo às fontes já referenciadas, os protagonistas foram:
Treinadores:
Dante Bianchi (até à 24ª jornada), Armindo Teto.
Treinadores:
Dante Bianchi (até à 24ª jornada), Armindo Teto.
Dante Bianchi
7v, 9e, 14d, 29-51, 23p)
Guarda Redes:
César (19+2 j); Domingos (11+1 j).
Defesas:
Jerónimo (29 j), Carlos Marques (27 j), Feliz Soares (29 j), Severino (30 j); Baixa (4 j), Vítor (+1 j).
Médios:
Inguila (20+2 j), Colorado (22+5 j); Ferreira (2+7 j), Carmo Pais (15+3 j).
Avançados:
Nelinho (29 j), Adé (16+9 j), Eduardo Oliveira “cap.” (25+2 j), Almeida (20+8 j); Armando (+1 j), Cleo (8 j), Alemão (18 j), Lázaro (6+2 j).
7v, 9e, 14d, 29-51, 23p)
Guarda Redes:
César (19+2 j); Domingos (11+1 j).
Defesas:
Jerónimo (29 j), Carlos Marques (27 j), Feliz Soares (29 j), Severino (30 j); Baixa (4 j), Vítor (+1 j).
Médios:
Inguila (20+2 j), Colorado (22+5 j); Ferreira (2+7 j), Carmo Pais (15+3 j).
Avançados:
Nelinho (29 j), Adé (16+9 j), Eduardo Oliveira “cap.” (25+2 j), Almeida (20+8 j); Armando (+1 j), Cleo (8 j), Alemão (18 j), Lázaro (6+2 j).
Golos:
Nelinho 8, Eduardo Oliveira 6, Alemão 4, Adé 3, Almeida 3, Colorado 2, Inguila 1, Cleo 1, Lázaro 1.
Nelinho 8, Eduardo Oliveira 6, Alemão 4, Adé 3, Almeida 3, Colorado 2, Inguila 1, Cleo 1, Lázaro 1.
Plantel do Sport Club Beira-Mar (1971-1972)
Esta é a primeira época de que tenho, pessoalmente, algumas recordações, até porque nas anteriores passagens pela Primeira Divisão, ou era muito pequenino, ou ainda não tinha nascido. Teria à altura 6/7 anos e o meu Pai começou a levar-me aos jogos.
Recordo com muita emoção as idas ao Mário Duarte de mãos dadas com o meu Pai. No caminho, sentava-me nos seus pés, quando ele parava e pacientemente conversava com os amigos, sobre os jogos e a equipa. Tentava decorar tudo o que se dizia. A minha Mãe e os meus dois irmãos, ficavam a passear e alimentar os patos no Parque da cidade. Eu, nem pensar! Queria era ir para o Estádio.
Nesse ano o Beira-Mar equipou muitas vezes camisolas e calções pretos, debruados a amarelo. Na bancada dos sócios, ainda de madeira, sentava-me ao lado do meu Pai e via atentamente tudo o que se passava. O meu Pai nesses anos ainda fumava e quando os jogos não corriam bem os cigarros sucediam-se. Aprendi então a gostar do cheiro do tabaco, muito por estar associado ao momento alto da semana: ia ida com o meu Pai ao Estádio, ver o Beira-Mar jogar.
Hoje o meu Pai vai raramente ao Estádio, por precaução devido a sua saúde mais frágil. Vamos juntos, normalmente, ver alguns dos jogos que decorrem na primavera, quando o tempo está mais quente. Tenho pena que não possamos ir juntos mais vezes. Estes são ainda os jogos que eu mais gosto. Tem um sabor diferente: o meu Pai continua a achar que os árbitros são sempre contra o Beira-Mar e eu tento argumentar em sentido contrário, embora cada vez mais ache que ele tem razão ... No final do jogo, independentemente do resultado, os jogadores do Beira Mar para ele, são sempre excepcionais... eu às vezes não acho isso e em caso de vitória do nosso Beira-Mar, levamos para casa, em comum, um sorriso de orelha a orelha, que à distância a minha Mãe é capaz de reconhecer e de imediato nos diz: V"êm muito contentes! O nosso Beira Mar ganhou por quantos?"
Regressando às memórias que guardo da altura, achava eu, do alto da minha tenra idade, que não era pior o Beira-Mar estar na Segunda Divisão. Nestas circunstâncias, ganhávamos muito mais vezes do que na primeira e como os jogos fora eram muito mais perto, com um bocadinho de sorte, também estávamos presentes nestas deslocações, a Vila da Feira, em Oliveira de Azeméis onde tínhamos família, a São João da Madeira ou mesmo à Marinha Grande.
Nessa altura, andava já na Escola Primária e na Catequese. Recordo curiosamente, que não percebia porque é que Deus não era do Beira-Mar (por certo Deus deveria ser do melhor clube do mundo). Na Catequese aprendi a rezar. A primeira vez que me dirigi a Deus, aos 6 anos pensava que as coisas funcionavam assim, foi nesta época, num jogo entre o Beira Mar e o Vitória de Guimarães, em que o Beira-Mar perdia ao intervalo, por 1-0. Não sei qual o resultado final, mas os pedidos a Deus não deve mter resultado muito bem, pois não voltei a misturar futebol e Deus...
Na altura o meu jogador preferido era o Eduardo. Não sei dizer porquê. Talvez por ser o nosso capitão. Gostava também muito do César, que o meu Pai dizia que era muito bom guarda redes, pois tinha jogado no Belenenses, o Soares que era um central fantástico, o Adé, o Almeida, o Nelinho e o Alemão, entre outros. A equipa tipo era: César (o Domingos jogou metade da época); Jerónimo, Marques, Soares e Severino; Inguila, Colorado e o Eduardo; Nelinho, Alemão e Almeida; O Adé, o Carmo Pais, o Cléo e o estremo esquerdo Lázaro também foram muito utilizados. Nesse ano, o Vitor Urbano, que viria mais tarde a ser treinador do Beira Mar, fez o seu primeiro jogo.
Soares, Colorado e Carmo do Pais
Almeida, Alemão e Adé